Agradecimento – Mario castro

“Meus queridos estudantes da FCM/UERJ,
Recebi com muito orgulho, honra e gratidão esta imensa homenagem que me prestaram. Vocês são a razão de nossa existência. Nutro por vocês um sentimento profundo que sinto reproduzido nas palavras de Vinícius de Moraes: “E, às vezes, quando os procuro – ou os encontro, acrescento eu –, noto que eles não têm noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.” Sem vocês, nossa existência docente não teria o menor sentido.

Considerados esses sentimentos e, trazendo aqui à tona os dilemas que são razão da existência dos conhecimentos que compartilhamos, proponho-lhes uma reflexão envolta em uma atmosfera de poesia, filosofia e ciência: “Por que existe o adoecer? Seria a matéria falha?” Sim, a questão central reside aqui na ideia do sentido da existência da vida…seríamos mera poeira cósmica ou a mais elaborada das criações Divinas Se somos criação de Deus, por que adoecemos?

Não estou plenamente seguro, mas como não consigo entender a complexidade da vida, da consciência, do altruísmo de células que morrem para dar vida a outras, num fluxo e lógica antagônica à ideia evolucionista, creio que morrer tem a ver com a qualidade e o significado maior da vida. Se não morrêssemos, provavelmente não poderíamos ter filhos, o que nos privaria de vivenciar o sentimento mais puro de amor que se pode conceber, e nos tornaria ainda mais distantes de compreender o possível significado do amor Divino implícito à ideia da criação.

Nesses termos, o adoecer pode ser compreendido como um processo que nos prepara para a perda, seja a nossa ou a de quem amamos. Acredito mesmo que a matéria é falha; a alma é que não deve sê-lo. Sei ainda, que a dor nos faz crescer, que nos sensibiliza e permite que anjos pensem em ajudar o outro.

Foi buscando serem anjos que protegem e amparam seres humanos sofridos que vocês se embrenharam na luta para se tornar médicos. E a tarefa é árdua, longa e, às vezes, cansativa. Anjos sendo gente que se preocupa com gente! Não joguem fora jamais os sentimentos puros que motivaram seu sonho de se tornarem médicos. Guardem lá no fundo do coração seus sonhos mais puros. Foram eles que os trouxeram até aqui e os conduzirão às maiores alegrias que conquistarão.

Por fim, gostaria de lhes trazer uma mensagem que foi escrita por um de nossos antigos estudantes da FCM e que se aplica muito bem à gratidão que sinto por sua bondade, ao me concederem tamanha homenagem: “Existem pessoas cuja bondade inspira como um sopro divino. somos gratos pela existência de tais pessoas, não pelo que fazem, mas, principalmente, pelo que são.. .a prova de que o amor de DEUS às vezes é visto.”

Oração em forma de poema, aplicável a todo aquele que ama o que faz.”

Mario Castro Alvarez Perez
Faculdade de Ciências Médicas – FCM/CBIO/UERJ

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