Um estudo conduzido na Uerj examina a relação entre a dengue e as mudanças climáticas, prevendo uma expansão da doença devido ao aumento das temperaturas. Utilizando modelagem climática, a pesquisa projeta um aumento nos casos de dengue até 2070, mapeando áreas suscetíveis no estado do Rio de Janeiro. Com as mudanças climáticas, espera-se que a dengue se torne mais comum em regiões antes menos propensas, deixando de ser sazonal. O estudo destaca a importância da atuação pública contínua para prevenção da doença, sugerindo políticas adaptativas e um novo planejamento de ações de saúde.
A pesquisa resultou na publicação do artigo Climate change and risk of arboviral diseases in the state of Rio de Janeiro (Brazil) (“Mudança climática e risco de arboviroses no estado do Rio de Janeiro”, em tradução livre), assinado pelos professores Antonio Carlos da Silva Oscar Júnior, do Instituto de Geografia da Uerj, e Francisco de Assis Mendonça, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), na revista científica Theoretical and Apllied Climatology, da Springer.
Além disso, o projeto envolve alunos bolsistas da Uerj, incluindo aqueles de Iniciação Científica, mestrado e doutorado, que participam ativamente do controle e mensuração de larvas em diversas estações meteorológicas no estado. Essa pesquisa colaborativa também inclui especialistas de outras instituições, como a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade Federal do Paraná (UFPR), demonstrando uma abordagem interdisciplinar para enfrentar o desafio da dengue em meio às mudanças climáticas.
Este projeto não apenas fortalece a formação acadêmica dos estudantes, mas também os conecta com redes de pesquisa de renome nacional e internacional. Instituições como UFPR, UFRJ e INPE no Brasil, juntamente com a Universidade de Moncton no Canadá e Rennes na França, proporcionam uma plataforma global para troca de conhecimentos e experiências ampliando o escopo de formação dos nossos alunos. Temos, ainda, o exemplo de um aluno da graduação que apresentou a pesquisa no Congresso Mundial de Saúde Pública, em Roma, na Itália, e no Simpósio Brasileiro de Climatologia em Guarapuava, Paraná.
Um destaque do projeto foi a participação de alunos de iniciação científica no Congresso Internacional de Riscos em Portugal no ano passado. Essa oportunidade singular não apenas ofereceu um palco internacional para a apresentação de seus trabalhos, mas também abre portas para futuras colaborações.
Além disso, o apoio financeiro desempenha um papel crucial no sucesso acadêmico da pesquisa. Bolsas de Iniciação Científica da FAPERJ, CNPq, Tecnológica do CNPq e Estágio Interno Complementar da Uerj garantem que os estudantes tenham recursos adequados para sua participação.
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